Cartuxa Bruto 2011

Foi o meu amigo Pedro Queiroga, actualmente na distribuição mas que já foi responsável pela produção de (excelentes) vinhos no passado, que me chamou a atenção para este espumante da Cartuxa. Em boa hora.
O enólogo da Fundação, Pedro Batista, passou a acompanhar já há uns anos as vinhas da Tapada do Chaves, em Portalegre, ajudando com o seu “saber de experiência feito” das vinhas alentejanas os seus colegas da Murganheira, empresa que detinha a Tapada. Qual a contrapartida? A Murganheira, conhecida pelos seus espumantes de excelência, contribuiu com o seu “savoir faire” para a produção de espumantes de qualidade na Adega Cartuxa, no Alentejo. Faz sentido… (Este processo teve um desenvolvimento importante recente, com a compra da Tapada pela Fundação, com Pedro Batista a assumir o leme do projecto). Este excelente vinho beneficiou seguramente desta parceria. Feito com 100% de Arinto, é um espumante de perfil clássico, com as notas de levedura e biscoito de bolacha a mandarem na prova, por cima das notas cítricas do Arinto. No corpo é delicado, elegante e mineral, não sendo particularmente intenso, complexo ou longo em termos de final de boca. Uma das coisas que mais aprecio nele, e que raramente encontro em espumantes portugueses, é a sua bolha, vivaça mas ao mesmo tempo delicada e fina, como se recebêssemos provocantes alfinetadas na língua.
Preço: N/D
G.P. (DEZ-2017)
- 17 Valores