D’Avillez Garrafeira 1995

A última de 3 botelhas que comprei na Garrafeira Louro, em Évora – este local para mim é garantia de que o vinho foi guardado nas melhores condições para envelhecer bem.
Nada de errado com a abertura, vamos à prova!

A cor é granada com laivos atijolados. Bem intensa, para a idade do vinho. Um pouco turvado por sedimentos finos, o que chama a atenção para a necessidade de cuidada preocupação com a forma como é feita a decantação.
Fruta vermelha, especiarias, um toque animal no final que, na minha opinião, até lhe dá graça. Apenas um apontamento de evolução, com notas terciárias de armário de farmácia.

Na boca está muito bem, com fruta vermelha refrescada pela fantástica (diria quase incrível para um Alentejano!) acidez. É um vinho fresco e vibrante, apesar dos seus quase 25 anos de idade! Tem notas vegetais que lhe dão elegância, assim como um toque de terra molhada e cogumelos, que lhe conferem complexidade. O couro também aparece discretamente na boca. Os taninos fazem notar-se sem vergonha, mas são ao mesmo tempo polidos e educados. O final é seco e não propriamente longo. Mas também não faz mal…

No final, a ideia geral que fica é de grande equilíbrio e de um vinho que evoluiu de maneira muito nobre.
Mais um grande exemplo dos vinhos fantásticos que a Serra de S. Mamede pode produzir, com grande potencial de envelhecimento!
O principal problema deste vinho para mim? Já não ter mais garrafas. Não é dizer pouco…

Preço: N/D

G. P. (ABR-2019)